terça-feira, 1 de junho de 2010

Tudo Sobre a Gravidez Parte 1 Documentário Discovery

Tudo sobre a gravidez Parte 2 Documentário Discovery

Tudo sobre a gravidez Parte 3 Documentário Discovery

Tudo sobre a gravidez Parte 4 Documentário Discovery

Tudo sobre a gravidez Parte 5 Documentário Discovery

Tudo sobre a gravidez Parte 6 Documentário Discovery

PARTO EM CASA - DOMINGO ESPETACULAR. PARTE 2 DE 2

PARTO EM CASA - DOMINGO ESPETACULAR. PARTE 1 DE 2

Parto em casa, pelo PAI

Extraído de PAI DE MENINA (http://paidemenina.blogspot.com/2006_09_01_paidemenina_archive.html), publicado pelo FELIPE, em 13 de Setembro de 2006.

"Só para lembrar: não existe criança grande demais que não permita parto normal. Parto normal não é causador de problemas para mãe nem para o bebê.
O mesmo vale para a cruel episiotomia. Médicos (as) cortam mulheres para facilitar o próprio trabalho e não para beneficiar mãe e bebê.

Evidentemente, existem situações extremas na qual o parto forçado (cesárea) é útil, mas não faz sentido caso o bebê tenha sido monitorado ao longo de toda a gravidez e tiver apresentado boa saúde.

Curiosamente, a maior parte dos médicos que sugerem o procedimento apontam para as mães supostos problemas de última hora. Até alegar o que o bebê tem unhas grandes ou está bebendo xixi na bolsa é dito as mães, como se isso não fosse algo normal.

Tem também a máfia da "bolsa rompida". Gente, o bebê e a mãe podem ficar até 12 horas em trabalho de parto após o rompimento da bolsa, sem risco nenhum.

Com nossa primeira filha fomos ingênuos e acreditamos que mesmo com uma equipe de cirurgião plástico e anestesista a postos, o médico faria uma parto normal. Fomos enganados. Assisti ao parto, por exigência da Dani e cortei o cordão umbilical. Sacanamente, o médico me disse a mentira mais comum nessa hora "Viu, o cordão estava enrolado no pescoço". Minutos depois do parto, me chamou num canto e pediu os acertos para os auxiliares. O dele poderíamos acertar depois. Um pai nessa hora, emocionado e louco para ficar perto da mulher e do filho faz qualquer coisa. E os médicos sabem disso. Triste. Muito triste.

Em janeiro de 2006, o nascimento da Dora, nossa segunda filha, foi em casa, em paz, sem luzes feéricas ou o clima artificial de hotel cinco estrelas da Maternidade Perinatal, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro, onde nasceu nossa filha mais velha.

É uma pena que a medicalização do parto tenha resultado numa certa inversão de valores.

Os planos de saúde reembolsam R$ 400 por parto para os médicos, não importando se é cesárea ou normal.

Vocês acham que os médicos vão escolher o quê?

Ficar horas (a maioria nem leva tanto tempo) esperando o expulsivo ou marcar hora para poder triplicar seus rendimentos por dia (um obstetra faz em média três cesáreas com hora marcada por dia).

Assim, a maioria da cesáreas ocorre em pacientes de classe média alta, nos planos superiores dos seguros de saúde. Justamente aqueles que pagam as internações em maternidades luxuosas...

Mas com o tempo e mais informação disponível, os pais poderão questionar mais os médicos durante o pré-natal, inclusive pedindo os prontuários de acompanhamento médico que justifiquem uma cesárea.

Nós decidimos que o nascimento de Dora seria em casa. No finalzinho da gravidez começamos a freqüentar o GAMA, um grupo de mulheres e mães, algumas profissionais da área da saúde, dedicadas a ensinar a mulher a resgatar o próprio corpo. Um trabalho belíssimo que merece todo o apoio que for possível dar. Nos encontros, outras mães e pais relatavam suas experiências com partos humanizados. Bonito de ouvir e bacana ver as pessoas se ajudando numa cidade gigante como São Paulo. Uma das questões que afligiam os casais era o fato dos planos de saúde não bancarem partos domiciliares. Para estes casos, a melhor opção é fazer uma poupança, assegurando os valores para cobrir os custos.

O médico escolhido por Dani providenciou toda a informação para que pudéssemos nos preparar para a chegada do bebê em casa. Detalhou o procedimento, indicou os exercícios e nos explicou a importância do plano de parto.

Barriga crescendo, os meses passando e muita gente surpresa ao descobrir nossa escolha. As pessoas imaginam um parto em casa como as cenas do antigo seriado Daniel Boone, com tinas de água fumegante, e tocos de madeira para morder (se bem que estes são substituídos pelos pobres braços da doulas na hora da dor).

Para quem não sabe, o parto domiciliar é feito com acompanhamento do obstetra, que trás os equipamentos necessários em caso de emergência. Também é feito um plano de parto, para que possa ser feita uma remoção para um hospital em caso extremo de risco de morte para o bebê e parturiente (o que é raríssimo).

O procedimento em algumas ocasiões é realizado por parteiras. Infelizmente cada vez menos mulheres abraçam essa ocupação tão bonita, que já ajudou a vir ao mundo tanta gente bacana.

É bom ter uma doula para o acompanhamento das necessidades da parturiente. Ajuda pra caramba, das massagens ao chazinho na hora difícil. Encoraja e ampara, num estilo "Lojas Marisa" (de mulher, pra mulher...Marisa, lembram?) deixando os maridos plenos para prover suporte emocional. Gosto de lembrar que doulas não fazem intervenções médicas, mas se um "bebê quiabo" chegar, daqueles que saem sem dor, elas podem segurar.

Em casa basta ter um espaço tranqüilo, arejado, asseado e repleto de amor.

Os futuros pais ficariam assustadas com os índices de infecção hospitalar nas maternidades. Nem mesmo as conceituadas escapam. Falarei sobre isso em outra ocasião. Em casa não existe risco de infecção hospitalar.

Iniciado o trabalho de parto, estar em casa faz com que a mulher fique mais tranqüila, pois não é preciso alterar a rotina e você estará no ambiente que mais gosta, que ajudou a criar. Para não assustar os amados pais com nossa decisão, Dani manteve segredo e importou uma tia do Rio. Sua presença ajudou a trazer tranqüilidade nas horas difíceis. E foram muitas, longas e exaustivas. Repletas de dor.

A vibe de estar entre os queridos também é boa demais. No hospital são tantos partos por dia que é impossível existir uma completa entrega das pessoas que trabalham ali. Tudo é pasteurizado e automático. A competência existe, mas falta carinho e atenção.

Em tempo: nada de toalhas quentes, como assistimos nos filmes. Precisa é de chuveiro bom, pois as dores são fortes pra cacete e não dá para a mulher não gritar. Ah, é bom avisar os vizinhos, se for morar em prédio. Nós esquecemos de avisar, daí já imaginou as especulações sobre a gritaria intermitente madrugada adentro...

Voltando: na madrugada do dia 14 para o dia 15, a bolsa estourou. Bebê mesmo, somente as cinco da manhã do dia 16 de fevereiro de 2006. Na manhã do dia 15 fomos a um hospital fazer a última cardiotoco (mede os batimentos do bebê e atesta que está tudo tranquilo, mesmo com a bolsa rompida), e as enfermeiras não acreditando que o parto seria em casa, desdenhavam, dizendo que Dani deveria ficar internada. Só uma das enfermeiras, uma simpática chilena fã de nosso médico, entendeu a beleza daquele momento.

O expulsivo é rápido e emocionante, mas esteticamente pode assustar alguns. Minha filha, na época com quatro anos, acordou as 4:00 da manhã para assistir tudo. Curtiu pra caramba. Parecia que ela tinha acabado de nascer também, pois estava peladinha, segurando o relógio para marcar a hora do nascimento da irmã.

A futura mãe usa um banquinho para ajudar na expulsão, ficando apoiada de cócoras. Muito mais fácil para sair o bebê. Dani não quis ver a cabecinha saindo. Eu vi.

No hospital te obrigam a ficar deitada, mesmo com muita dor. Nos momentos finais do parto, dificilmente um hospital ou maternidade deixa as pessoas mais queridas ficarem próximas. Algumas maternidades já possuem salas de parto, pagas a parte, onde é possível fazer procedimentos semelhantes.

Em casa outros recursos, como caminhar abraçado em movimentos de quadril ou usar a bola suíça ajudam pra caramba e tirando as contrações, podem ajudar a descontrair.

Rola muito sangue, por isso usamos lençóis descartáveis e é bom forrar o colchão com algo impermeável. Na correria, quando a bolsa estourou eu forrei a cama toda com o conteúdo do primeiro pacote que encontrei. Eram fraldas para o bebê.

Não precisa aspirar nada. O próprio aperto do expulsivo prepara os pulmõeszinhos para receber as primeiras doses ar atmosférico da vida do bebê e tira o muco que veio da vida uterina. É tudo automático e programado em nosso código genético. Quanto menos interferência, melhor.

Após o nascimento (e depois do mais uma vez eu cortar o cordão umbilical) o bebê foi logo para a mãe. Começa a mamar e fica ali, sujinho, bem ao lado dela. Amamentar é importante pois contrai o útero, facilitando a saída da placenta, que é removida completamente com ajuda do médico. Ele guarda o material para análise de laboratório.

Só te digo que chorei pra caramba, é emocionante demais. É ver a vida chegar num ambiente de paz, sem a mercantilização do nascimento. O choro, a respiração...Nossa, nem sei contar, só vendo.

Dani ficou bem fraca com a perda de sangue e o esforço, chegou a virar o olho. Me assustei, liguei para o médico e a doula, mas fui tranquilizado. No dia seguinte ela estava nova.

Se quiser, pode chamar um pediatra, mas não é necessário. Ele pode ver o bebê no dia seguinte.
É bom para quem é iniciante, pois é a hora de aprender a limpar o bebê, e entender as primeiras reações.

O médico deixará com você uma guia para ser preenchida e levada ao cartório atestando que o bebê nasceu de parto domiciliar assistido. Tive dificuldades para registrar, pois a indústria da medicalização do parto atrapalhou até nisso. No momento mais bonito da sua vida, suspeitam que você seqüestrou o recém-nascido. Tive que brigar. Nas maternidades montam até filiais de cartórios para registro.

Pesando tudo, planejar um parto domiciliar é fantástico. Uma família unida em torno de uma idéia, de um direito de minha mulher. A pequena Dora está uma bagunceira saudável, como vocês acompanham no blog e eu sou um cara realizado por ter ajudado minha mulher a vencer a barreira fictícia da impossibilidade do parto normal.

O importante é deixar registrado que mesmo uma mulher que tenha feito uma cesárea pode tentar o parto natural numa segunda gestação.

Quem faz o parto não é o médico. É a mulher. O parto é dela e todas as suas sensações e pedidos devem ser respeitados nessa hora. O hospital roubou da mulher o
direito a ter controle e decisões sobre o final da sua gestação. Daí hoje sabermos (ou sentirmos) tão pouco o que acontece dentro das nossas amadas.

Sei que faltou alguma coisa, não consigo lembrar de tudo. Assim, me autorizo a alterar este post se lembrar de mais detalhes."

Relato do parto da Ana Catarina: domiciliar sem episiotomia... MARINA MARIA




(Nota da Bart: Texto originalmente postado pela Marina Maria!)

A história do nascimento da Ana Catarina começou ainda em 2004, no dia 31 de dezembro, quando senti as primeiras contrações. O trabalho de parto terminou não engatando, a Catarina quis nascer em 2005, num ano novinho em folha. Comentando sobre o episódio com minha parteira, a Suely Carvalho, ela previu que algo deveria acontecer uma semana depois, entre quinta e sexta-feira. E assim foi.

Na quinta à noitinha, falei com uma amiga que tinha acabado de ter um parto domiciliar, a Zuka. Talvez a ocitocina tenha vindo via telefone, não sei. Mas logo depois que desliguei o telefone, a Catarina, que estava até então incrivelmente calma durante todo o dia, começou a mexer muito, mas muito mesmo. Deduzi que ela estava encaixando. Logo mais à noite, percebi o tampão ao ir ao banheiro. O tão esperado tampão, que eu achava que era lenda! Depois disso as contrações voltaram, fracas mas perceptíveis.

No dia seguinte, sexta de manhã, providenciei os últimos preparativos. Instalei o chuveiro elétrico, bem a tempo! Depois fiquei, em casa, esperando, porque algo me dizia que seria naquele dia. Mas não foi. Fui dormir meio frustrada, reclamando com a Catarina: "Ô, filha, vem t'embora! Tá tudo pronto!".

Ela ouviu. Era uma da madrugada quando as contrações começaram a não me deixar mais dormir. Levantei e cronometrei: estavam de 4 em 4 minutos. Ás 2h, acordei Fábio, precisava que ele lavasse a bola e a banheira, coisas que eu já vinha pedido há alguns dias pra ele fazer... Ele passou o resto da noite faxinando a casa. E eu andava, sentava na bola, deitava. Mas as contrações começaram a espaçar. De 6 em 6, de 7 em 7, de 8 em 8. Às 4h a Maria Clara acordou (bebês adivinham, né?). Bagunceira como ela só. Às 5h resolvemos levá-la para a casa da minha mãe, que fica bem próxima a minha casa. Fomos, demos uma desculpa qualquer (meu pai não sabia/não concordava) e voltamos a pé. Na ida eu cantava pra não assustar a Clara, que ria bastante das minhas caretas!Quando chegamos em casa eram 7h e eu liguei pra Dani, minha doula, e para a Suely. O TP estava estacionado, contrações de 10 em 10 minutos.

A Dani chegou com a Flora, sua bebê de 3 meses, e ficamos conversando. A Suely chegou com a Marcely (doula e aprendiz de parteira), cerca de 9h da manhã. Fizemos um toque, 6 cm e colo grosso ainda. E as contrações daquele jeito, quase parando. Ela me sugeriu um chá, que eu aceitei e ficamos na sala conversando. Algum tempo depois resolvi tomar um banho e depois a Suely pediu pra escutar a nenê. Ela notou uma leve aceleração nos batimentos da Catarina e pediu que eu ficasse deitada do lado esquerdo para tentar contornar isso, já que, se esse quadro continuasse, teríamos que ir pro hospital. Ela desconfiava de circular de cordão. Não fiquei nervosa, pelo contrário, deitei e tentei deixar minha mente o mais aberta possível, sem pensar em nada, só tentando entrar em contato com a nenê. 20 minutos depois ela escutou novamente e os batimentos tinham normalizado. Fui liberada para usar a banheira. Nossa, foi uma maravilha. A essa altura as dores já estavam me incomodando um bocado e a água aliviou muito. Ao mesmo, tempo, acelerou o processo: saí da água com contrações de 3 em 3 minutos, para fazer um toque e escutar a nenê novamente. 8 cm e outra vez o coraçãozinho dela acelerado! Tive que ficar deitada de novo, o que foi bem difícil, já que as contrações já estavam bem fortes. Muito fortes, mas nem um pouco comparáveis com a dor do primeiro parto, com ocitocina. Para mim ainda levaria muito tempo praquela nenê nascer. Comecei a sentir vontade de ir ao banheiro, sabia que era um sinal, mas não acreditei que poderia estar tão perto, achei que era vontade mesmo e fiquei quieta. Entre as dores eu relaxava, durante as dores eu agarrava o braço de Fábio e tentava vocalizar alguma coisa. Tinham me dito que abrir a boca ajudava a abrir a vagina, e o negócio realmente funciona! Quando eu não agüentava mais a Suely entrou no quarto e perguntou se eu estava sentindo pressão no ânus. É, eu estava. Pediu pra fazer um toque em pé, para ver a direção da cabecinha do bebê (algo assim). A Catarina já estava lá embaixo. Começaram a preparar o cenário e eu me perguntando o porquê, já que esperava sentir muito mais dor ainda. Eu já não raciocinava direito entre as contrações, e durante elas eu agarrava Fábio, que me ajudava a rebolar. Por sinal, ele estava muito tranqüilo, me passou muita segurança, foi fundamental. Suely pediu que eu fosse ao banheiro e fizesse um toque em mim mesma para sentir o bebê, para que eu soubesse onde ela estava e que faltava pouco. Depois todos que estavam na casa me circundaram e Suely fez uma oração, bela pelo que eu consegui escutar e entender... Ela chamou pelas parteiras ancestrais e pediu para ajudar mais do que atrapalhar... Me deixou no quarto e disse que quando eu sentisse vontade de empurrar, era só ir pra sala, onde estava tudo arrumado: um colchonete forrado e uma cadeira. Alguns minutos depois, a vontade veio. Na sala, tentei primeiro a posição de cócoras, que me pareceu desconfortável, já que não é muito rotineira para mim. Me senti muito melhor sentada no colo do Fábio, assim eu tinha mais apoio. Eu estava meio em transe, repetia pra mim mesma coisas do tipo "Eu vou conseguir!", "tenho que fazer força, muita força". O pessoal também ajudava, elogiava quando eu conseguia fazer uma força legal, falava que faltava pouco. A Dani tirava fotos. E eu fazia força. "Suely, eu tô ficando vesga!". "É que você tá deixando força na garganta, ponha essa força pra baixo!" E eu pus a força pra baixo, e a nenê começou a chegar bem perto... "Se você fizer outra força dessa, ela nasce!" Uma força mais e eu abri os olhos e percebi, pela admiração nos rostos das meninas, que a Catarina estava realmente chegando. Resolvi que ela vinha na próxima. Fechei os olhos, esperei a contração vir, e então a Catarina nasceu, e chorou forte assim que saiu. Não havia circular, apenas o cordão era curto. Suely limpou a Catarina rapidamente e me entregou. Eu peguei meu prêmio nos braços, ainda na mesma posição. Eu e Fábio ficamos olhando a carinha dela, ofereci o seio. Quando o cordão parou de pulsar, Fábio o cortou. Depois veio a hora chatinha: esperar a placenta. Perguntei se a gente não podia pular essa parte, mas não, não podíamos. A placenta saiu e fomos ver como estava a região. É, uma pequena laceração, provavelmente causada pela episio anterior. Nessa hora eu realmente quis pular essa parte, detesto agulhas, mas a Suely argumentou que ia ter gente reclamando depois! rs rs Cuidaram de mim e me colocaram na cama. Depois foi a vez da bebê. 49 cm, 2750gr. Miúda, não tinha roupa que coubesse nela! Trouxeram ela pra mim, as meinhas escorregando do pezinho. Ela veio pro peito com uma pega perfeita, fiquei surpresa. É uma menina tranqüila, assim como costumam ser os bebês nascidos em condições naturais. A Clara chegou algumas horas depois, junto com minha mãe, e deu gritinhos de felicidade quando viu a irmã. Queria pegar, abraçar, dar beijos... Uma graça.

Bem, é isso. O parto foi, para mim, muito tranqüilo, apesar do tal cordão curto. Só achei que foi rápido (o TP ativo), nem deu pra fazer muita coisa! Nem explorei muito minhas doulas! rs rs O expulsivo foi mais demorado do que no parto da Clara, porém foi bem gradual, o pessoal via o bebê descer centímetro a centímetro.

Só agora depois do parto da Catarina posso entender o real significado de protagonizar o parto. De parir sem ocitocina, episio, nada, apenas com meu esforço. É uma experiência totalmente diferente, única e sublime.

Agora, vamos aos agradecimentos (são muitos!!!):
- Ao pessoal do Cais do Parto, à Suely, à Marcely, à Kris, à Prazeres e aos amigos do grupo de grávidos, companheiros de luta!
- À Dani, minha doula e amiga querida, pelo apoio, pelo filtro e banheira, pelas caronas no kangoo cor de gema de ovo (doula-móvel!), pela kepina lindona, por tudo! :**** Ah, claro, e à Flora também, pelos gritinhos de apoio durante o expulsivo! rs rs
- A todos da Parto Nosso, especialmente Ingrid, Socorro, Virginia, Mirka, Anacris, Pata, por me mostrarem que é possível parir!
- Aos amigos que acreditaram e apoiaram, reais ou virtuais!

Posição do bebê na mamada

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Pais - 10% dos HOMENS tem DEPRESSÃO PÓS PARTO

Um em cada dez homens tem depressão pós-parto

RACHEL BOTELHO


A depressão pós-parto masculina é pouco conhecida até entre os profissionais da área, mas isso não significa que seja rara. Do início da primeira gestação da mulher até o bebê completar um ano, um a cada dez homens tem a doença.

O dado é de uma revisão de 43 estudos, com 28 mil participantes, que acaba de ser publicada no "Jama", periódico da Associação Médica Americana. Outros estudos apontam que, entre as mulheres, a taxa de depressão é de 15% a 20%.

A metanálise revela também que o período entre o terceiro e o sexto mês de vida do bebê é o mais crítico para os homens. Nessa fase, 25% deles sofrem de depressão.

Por outro lado, os três primeiros meses após o nascimento são os menos problemáticos, quando apenas 7,7% dos pais desenvolvem depressão.

"Nesses meses, a vida é muito corrida. O homem só começa a se dar conta do que está acontecendo depois do terceiro, quarto mês", acredita a psicóloga Fátima Bortoletti, que atende casais durante o pré-natal e o pós-parto no setor de obstetrícia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Na opinião dela, a taxa pode ser ainda mais alta - nos EUA, por exemplo, chega a 14%.

Vários fatores que coincidem nesse período podem funcionar como gatilho da depressão masculina, segundo o psiquiatra Joel Rennó Júnior, coordenador do Pró-Mulher do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

"Muitos homens sentem-se inseguros em relação aos cuidados com o bebê e à disponibilidade de tempo necessária para ter uma participação ativa na criação do filho. Alguns não conseguem entender as mudanças da mulher em relação à sexualidade e à forma como vê seu corpo na gravidez", afirma.

A situação econômica, frente às novas necessidades familiares, também os preocupa. Por fim, sentimentos de rejeição e exclusão são comuns entre os pais novatos.

Como resultado, uma parcela dos homens compete com o bebê pela atenção da mulher, outra ignora o filho e há os que tentam afastar a mãe dos cuidados com a criança ou que buscam relações extraconjugais.

Correlação

A pesquisa reforça ainda a existência de correlação entre depressão masculina e feminina. "A mulher precisa da proteção do pai do bebê. Se ele passa a maior parte do tempo fora, a desproteção vem acompanhada do sentimento de abandono, que desencadeia a depressão feminina", diz Bortoletti.

Como o trio familiar funciona de modo integrado, o desequilíbrio afeta todos.

"A depressão masculina prejudica automaticamente a mãe, e o bebê é uma esponja emocional. Se seu parceiro está deprimido, ela fica insegura, irritada e passa isso para a criança, que pode ter problemas de aleitamento e dar mais trabalho", completa.


Ilustração: Editoria de Arte/Folha Imagem

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Diagnótico da Gravidez

Na vida da mulher, o diagnóstico da gestação é aquele que provoca as maiores emoções: desde alegria e bem estar intensos até a tristeza profunda e sensação de desamparo, dependendo da circunstância em que ocorreu a gravidez.
É importante que se diagnostique a gestação precocemente, para que confirmado o diagnóstico, a gestante deve iniciar o pré-natal e possíveis agentes prejudiciais ao binômio mãe-feto serão afastados, como medicações, ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, e manipulação de alguns produtos químicos.
Nas primeiras semanas após a concepção, você provavelmente sentirá pelo menos alguns sinais e sintomas da gravidez. O período menstrual atrasado geralmente é a primeira dica de que você pode estar grávida, porém, muitas outras condições podem atrasar a menstruação, e sendo assim o atraso da menstruação não é um sinal confiável de gravidez. Sendo necessário associar a outros sintomas e também exames de confirmação. Ao exame da mulher com atraso menstrual alguns sinais são altamente sugestivos de gestação: aumento do volume uterino e amolecimento do útero ao exame de toque.
Você pode se sentir extremamente exausta durante o início da gravidez, e a razão disso é que o corpo está muito mais ocupado do que o usual. Produzindo hormônios, inclusive a progesterona, que naturalmente deprime o sistema nervoso central e causa tonteira. E o volume e fluxo de sangue também aumentam, fazendo com que o coração bombeie sangue de maneira mais forte e mais rápida.
Também pode ocorrer náuseas ou vômitos, podendo começar com uma semana ou duas de gravidez. Normalmente acontece pela manhã, mas também pode ser sentida em qualquer hora do dia. A rápida elevação dos níveis de hormônio produzidos pela placenta é a responsável . Em torno de 2/3 de todas as mulheres grávidas experimentam esse tipo de desconforto.
Entre as primeiras mudanças após a concepção estão o aumento dos seios. Podendo ficar sensíveis, formigando, pesados e cheios. Com duas semanas de gravidez, os seios começarão a aumentar e a se preparar para produzir leite. A aréola (a área escura em torno dos mamilos) escurece ainda mais devido às mudanças hormonais.
Durante o primeiro mês de gravidez, você pode notar um sangramento muito leve ou um fluido vaginal amarronzado no período do mês no qual você normalmente ficaria menstruada. Esse sinal é conhecido como sinal da implantação e é causado pela fixação da placenta à parede interna do útero. Se você notar qualquer sangramento após o primeiro mês de gravidez, relate-o imediatamente ao seu médico.
Como o útero aumenta durante o primeiro trimestre de gravidez, ele pressiona a bexiga dando a sensação de que está cheia. Isso significa que você precisará urinar mais freqüentemente, geralmente em quantidades menores. A necessidade de ir ao banheiro poderá ser freqüente à noite. Não deixe esse desconforto fazer com que sua ingestão de líquidos diminua, pois poderá favorecer uma infecção urinária, que é também pode ocorrer na gravidez.
Esses sinais e sintomas da gravidez acima são apenas os primeiros das enormes mudanças físicas e emocionais que você experimentará à medida que a gravidez avança.

Testes de gravidez
Todos os testes de gravidez utilizados visam identificar a gonadotrofina coriônica humana (hCG) produzida logo após a fecundação e implantação do óvulo ao útero. A determinação deste exame, na urina ou no sangue, é a forma mais utilizada para o diagnóstico precoce da gestação. A produção de hCG é o sinal que o embrião lança na circulação para que o organismo materno reconheça a gestação.
Os níveis de hCG na gestação normal podem ser dosados pouco tempo após a implantação, aumentam pelo menos 66% a cada 48 horas, alcançando o pico máximo entre 50 e 75 dias de gestação. No segundo e terceiro trimestre da gestação os níveis são mais baixos. A presença de gonadotrofina coriônica na circulação torna o diagnóstico de gestação muito provável, entretanto o diagnóstico de certeza é associado a outro dos três sinais positivos de gestação, como presença de batimentos cardíacos fetais(BCF), que podem ser identificados por um aparelho chamado sonar a partir de 10 a 12 semanas de gestação e com o estetoscópio com 17 a 19 semanas, e estão entre 120 e 160 batimentos por minuto; identificação dos movimentos fetais, e/ ou visualização do feto que pode ser realizada por ecografia via transvaginal ( a partir da 6ª semana de gestação) ou via abdominal (a partir da 8ª semana de gestação).



O diagnóstico diferencial de gestação deve ser realizado sempre que alguns sinais e sintomas clínicos estiverem presentes: quase todos os distúrbios menstruais, sintomas gastrointestinais - dores abdominais, cólicas, náuseas, vômitos, inapetência ou aumento do apetite, intolerância a alguns alimentos -, aumento da necessidade de sono, distúrbios do humor, aumento ou diminuição de peso, aumento do volume abdominal, hipersensibilidade mamária, dores abdominais e pélvicas, corrimento vaginal, aumento da freqüência urinária, noctúria, etc.
Na maioria da situações, a anamnese, realizada com interesse e atenção, e o exame clínico-ginecológico cuidadoso excluem ou confirmam o diagnóstico de gestação. Entretanto, sempre que houver dúvida diagnóstica, a dosagem do hCG e/ou a realização da ecografia transvaginal não deverá ser prescindida.

Tabagismo na Gestação




Tabagismo na gestação

Definição e histórico

O tabaco é uma planta cujo nome científico é Nicotiana tabacum, da qual é extraída uma substância chamada nicotina. Seu uso surgiu aproximadamente no ano 1000 a.C., nas sociedades indígenas da América Central, em rituais mágicos-religiosos com objetivo de purificar, contemplar, proteger e fortalecer os ímpetos guerreiros, além de acreditar que a mesma tinha o poder de predizer o futuro. A planta chegou ao Brasil provavelmente pela migração de tribos tupis-guaranis. A partir do século XVI, o seu uso foi introduzido na Europa, por Jean Nicot, diplomata francês vindo de Portugal, após ter-lhe cicatrizado uma úlcera de perna, até então incurável.
No início, utilizado com fins curativos, através do cachimbo, difundiu-se rapidamente, atingindo Ásia e África, no século XVII. No século seguinte, surgiu a moda de aspirar rapé, ao qual foram atribuídas qualidades medicinais, pois a rainha da França, Catarina de Médicis, o utilizava para aliviar suas enxaquecas.
No século XIX, iniciou-se o uso do charuto, através da Espanha atingindo toda a Europa, Estados Unidos e demais continentes, sendo utilizado para demonstração de ostentação. Por volta de 1840 a 1850, surgiram as primeiras descrições de homens e mulheres fumando cigarros, porém somente após a Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918) seu consumo apresentou uma grande expansão.
Seu uso espalhou-se por todo mundo a partir de meados do século XX, com ajuda de técnicas avançadas de publicidade e marketing, que se desenvolveram nesta época.
A partir da década de 60, surgiram os primeiros relatórios científicos que relacionaram o cigarro ao adoecimento do fumante e hoje existem inúmeros trabalhos comprovando os malefícios do tabagismo à saúde do fumante e do não-fumante exposto à fumaça do cigarro.
Hoje o fumo é cultivado em todas as partes do mundo e é responsável por uma atividade econômica que envolve milhões de dólares.
Apesar dos males que o hábito de fumar provoca, a nicotina é uma das drogas mais consumidas no mundo.

Efeitos no cérebro

Quando o fumante dá uma tragada, a nicotina é absorvida pelos pulmões, chegando ao cérebro geralmente em 9 segundos.
Os principais efeitos da nicotina no Sistema Nervoso Central são: elevação leve no humor (estimulação) e diminuição do apetite. A nicotina é considerada um estimulante leve, apesar de um grande número de fumantes relatarem que se sentem relaxados quando fumam. Essa sensação de relaxamento é provocada pela diminuição do tônus muscular.
Essa substância, quando usada ao longo do tempo, pode provocar o desenvolvimento de tolerância, ou seja, a pessoa tende a consumir um número cada vez maior de cigarros para sentir os mesmos efeitos que originalmente eram produzidos por doses menores.
Alguns fumantes, quando suspendem repentinamente o consumo de cigarros, podem sentir fissura (desejo incontrolável por cigarro), irritabilidade, agitação, prisão de ventre, dificuldade de concentração, sudorese, tontura, insônia e dor de cabeça. Esses sintomas caracterizam a síndrome de abstinência, desaparecendo dentro de uma ou duas semanas.
A tolerância e a síndrome de abstinência são alguns dos sinais que caracterizam o quadro de dependência provocado pelo uso de tabaco.
Efeitos no resto do organismo
A nicotina produz um pequeno aumento no batimento cardíaco, na pressão arterial, na freqüência respiratória e na atividade motora.
Quando uma pessoa fuma um cigarro, a nicotina é imediatamente distribuída pelos tecidos. No sistema digestivo provoca queda da contração do estômago, dificultando a digestão. Há um aumento da vasoconstricção e na força das contrações cardíacas.

Efeitos tóxicos

A fumaça do cigarro contém um número muito grande de substâncias tóxicas ao organismo. Dentre as principais, citamos a nicotina, o monóxido de carbono, e o alcatrão.
O uso intenso e constante de cigarros aumenta a probabilidade da ocorrência de algumas doenças como por exemplo a pneumonia, câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, boca, estômago, entre outros), infarto de miocárdio; bronquite crônica; infisema pulmonar; derrame cerebral; úlcera digestiva; etc. Entre outros efeitos tóxicos provocados pela nicotina, podemos destacar ainda náuseas, dores abdominais, diarréia, vômitos, cefaléia, tontura, bradicardia e fraqueza.


Cigarro na gravidez pode atrapalhar tireóide da mãe e do bebê, diz estudo.

Fumar durante a gravidez pode atrapalhar o funcionamento da glândula tireóide tanto da mãe quanto do filho, segundo estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. De acordo com os autores, essas alterações podem afetar o metabolismo da mãe e do filho, e aumentar os riscos de aborto, nascimento prematuro, baixo peso ao nascer e problemas no desenvolvimento cerebral do bebê.Pesquisadores britânicos estudaram a influência do fumo na função da tireóide em dois grupos de mulheres em diferentes estágios da gestação – no primeiro (1428 gestantes) e no terceiro trimestre (927 gestantes) –, e o impacto nos níveis de hormônio tireoidiano do cordão umbilical de 618 bebês.Os resultados indicaram que o hábito de fumar durante a gravidez poderia afetar a tireóide de mães e bebês. “Nos dois grupos (de mulheres) descobrimos que o tabagismo durante a gestação está associado com mudanças nos níveis de hormônio da tireóide das mães” escreveram os autores. Eles acrescentaram que a medida dos níveis do hormônio no cordão umbilical de filhos de fumantes indicou que as mudanças relacionadas ao fumo na função da tireóide também afetam os recém-nascidos.Porém, entre aquelas que haviam parado de fumar durante a gravidez, os níveis do hormônio eram similares aos encontrados em mulheres não-fumantes, indicando que as mudanças na tireóide podem ser rapidamente revertidas....
(extraído)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Apresentação do trabalho


Atendimento domiciliar para Grávidas, Recém-Mamães e Recém Nascidos.

A consultoria visa a orientação nas alterações e adaptações durante o período gestacional, bem como durante o parto e no período pós-parto. Auxiliando, orientando e implementando soluções para as áreas emocional e psicológica, sexualidade, nutrição, vida profissional, escolha do médico, do hospital, do tipo de parto, elaboração do enxoval do bebê, acompanhamento do parto, depressão pós parto, aleitamento materno( a descida do leite, quantidade, cuidados e higiene, mamas ingurgitadas, pega correta, fissuras, tipos de bicos...) e cuidados com o Recém-Nascido( banho, soluço, espirros, cólicas, sono, icterícia, coto umbilical...) , ajudando a mamãe a passar, com tranquilidade, por todas essas etapas, minimizando a ansiedade característica dessas fases .

Alguns problemas são comuns, principalmente nos primeiros dias, porém se houver orientação e acompanhamento especializado e adequado desde a gestação, em parceria com o médico obstetra, é possível prevenir, e/ ou amenizar muitos problemas e desconfortos.

Sabe-se que a prevenção é essencial, e é determinante quando se pode aproveitar os prazeres e sensações da gravidez e maternidade, sem intercorrências, e situações estressantes.

Tais problemas ocorrem devido a fatores que envolvem a mamãe, o bebê e o ambiente em que ambos estão inseridos. Por isso orientar e capacitar o pai ou quem estiver acompanhando a gestante, se faz de igual importância, para que não haja prejuízo nas relações e nas funções de cada pessoa envolvida no processo de gestação, parto e puerpério.

A Shantala, massagem que acalma e conforta o bebê, também pode ser feita e ensinada a mamãe, proporcionando também fortalecimento do vínculo afetivo.

Se você se interessou ou quer esclarecer dúvidas, entre em contato: Enfermeira Lília Balla COREN 152313 ES, 27-9278-9936, liliaballa@gmail.com




Beijinhos na barriga!!!

Gerando uma Nova Vida


Toda mulher traz ao nascer, em seus ovários cerca de 500.000 óvulos potenciais, porém, planejar a gravidez não é apenas uma questão de acionar um desses óvulos, e é também muito além da organização familiar ou financeira, uma medida fundamental para a prevenção de doenças, de problemas gestacionais, de más formações e a garantia da gestação de uma criança normal e saudável.
Essa preparação deve se dar três meses antes da concepção ou do início das tentativas para engravidar e requer a adoção de muitas medidas.

Uma delas é a consulta com um médico de sua confiança, seguido de uma investigação completa através de exames, para verificar possíveis inflamações, e ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis. Nas gestações seguidas de aborto deve se investigar fatores imunológicos e de coagulação, sendo que cada caso deve ser investigado individualmente.

A consulta médica e os exames ainda vão revelar se a futura mamãe é diabética, hipertensa, se está imunizada contra a rubéola e a toxoplasmose. Avaliando também a situação nutricional da mulher, que não pode estar abaixo ou acima do peso ideal para encarar a gestação. Ainda deve-se considerar o seu grau de condicionamento físico - se é sedentária ou praticante de alguma atividade física - e se é fumante.

O corpo da grávida é mais exigido durante os nove meses, então é possível fazer uma suplementação vitamínica e mineral durante a etapa de preparação da gravidez, ou seja, nesses três meses antes da concepção. A substância mais importante a ser reforçada é o ácido fólico, a vitamina B9, porque ele é capaz de prevenir em até 70% as más formações do sistema nervoso central, responsável por macrocefalia (crescimento exagerado do cérebro) e anencefalia (ausência de cérebro), além disso, evita também a má formação cardíaca e dos membros inferiores e superiores.

Porém além do ácido fólico que precisa ser suplementado, existem várias vitaminas e sais minerais que ajudam a garantir uma gestação saudável. As vitaminas B6 e B12 também previnem as más formações no feto, as conhecidas C e E evitam a pré-eclâmpsia, e a vitamina A está relacionada a uma menor incidência de transmissão do vírus da AIDS da mãe para o feto. Mas é bom lembrar que suplementos para mulheres que desejam engravidar, para gestantes e também para aquelas que amamentam só podem ser prescritos por um médico.

Variedade, é a palavra-chave que deve nortear a alimentação da mulher que está programando a gravidez, incluindo no cardápio não podem faltar carboidratos integrais, vegetais verde-escuros, leite e derivados e alimentos protéicos de origem animal, todos eles fontes de ácido fólico. Para consumir todas as vitaminas e minerais necessários, a orientação é que a mulher coma os mais variados alimentos, alternando cores e sabores. Só assim terá uma gama maior de nutrientes todos os dias.

O ferro e a vitamina B12 são mais bem aproveitados pelo organismo quando associados à proteína de origem animal. O ferro participa da formação das fibras cardíacas e do transporte de oxigênio para o coração e para o corpo todo. Também não podem faltar o zinco - fundamental para o sistema imunológico e o crescimento - e o cálcio - essencial para a formação da estrutura óssea do bebê.

Mas, tão importante quanto a boa alimentação é manter uma atividade física, sob orientação médica. Uma das vantagens de se preparar para a gravidez é que a mulher sedentária pode aproveitar o período que antecede a gestação para começar a se exercitar. E quando estiver esperando o bebê, poderá dar continuidade a atividade física que está praticando, mas com moderação e acompanhada por um profissional.

O companheiro ou marido também deve adotar alguns cuidados antes da concepção. O homem deve fazer uma investigação com o urologista para detectar as doenças sexualmente transmissíveis e aproveitar para cuidar da saúde. Este é um bom momento para abandonar maus hábitos como cigarro, álcool e drogas, que interferem na produção de espermatozóides de qualidade.

Dr. Aléssio Calil Mathias , ginecologista e obstetra.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Chegando em casa: os primeiros cuidados com o bebê


Os primeiros dias em casa são uma mistura de aprendizado, dúvidas e transformações. As informações a seguir constituem um roteiro que deve ser flexível e adaptado a cada família e seu pediatra. Três dicas básicas, antes de detalharmos os cuidados que você deve ter com o seu bebê:

• Se possível, providencie com antecedência alguns materiais que serão muito úteis quando vocês voltarem para casa. São eles: algodão, cotonetes, sabonete neutro, tesoura de unhas, escova de cabelo, álcool (70%) e creme para assaduras.

• É comum que os bebês solucem e espirrem muito. Isso é normal e não requer maiores cuidados.

• Uma congestão ou ronco nasal discreto também são comuns após o nascimento e podem persistir por algumas semanas. Geralmente não requerem nenhum cuidado especial.